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Rio Grande do Sul começa a testar câmeras corporais em policiais nesta quarta-feira

Taiana Camargo

Taiana Camargo

Nesta quarta-feira, 29, terá início uma nova fase de testes das câmeras corporais destinadas aos policiais militares e civis do Rio Grande do Sul. O equipamento fornecido pela empresa Motorola, vencedora do processo licitatório, será submetido a uma avaliação rigorosa para verificar se tanto a câmera quanto o software atendem aos requisitos estabelecidos para sua utilização. Após esse processo, está prevista a aquisição de 1,1 mil unidades.

Os testes com as câmeras serão conduzidos ao longo de até dois dias no Departamento de Informática da Brigada Militar. A avaliação terá início nesta quarta-feira e pode estender-se até quinta-feira, 30. O equipamento deve atender a uma série de exigências operacionais, conforme especificado no edital divulgado pelo Estado.

Funcionamento das câmeras corporais:

  • A câmera, fixada ao colete do policial, deve permanecer ligada constantemente.
  • Quando uma ocorrência é iniciada, o agente aciona um botão para iniciar uma gravação específica. No entanto, o equipamento registra automaticamente em vídeo e áudio tudo ao seu redor.
  • Uma das verificações inclui a duração da bateria, que deve suportar todo o turno de trabalho.

Detalhes adicionais:


  • A câmera é acoplada na farda, junto ao peito do policial.
  • A gravação inicia quando o policial começa a trabalhar e retira o equipamento da base, sem a possibilidade de desligamento.
  • Se houver uma ocorrência ou crime, o policial pode acionar um botão para aumentar a qualidade da gravação de imagem e áudio, e há a opção de transmissão ao vivo para uma central da Brigada Militar.
  • As imagens não podem ser editadas ou deletadas pelo policial.
  • As gravações de rotina ficam armazenadas por 90 dias, enquanto as gravações de ocorrências devem ser mantidas por no mínimo um ano.

Duração das gravações:

  • Os testes exigem que a câmera suporte no mínimo oito horas de gravação quando ativado o modo intencional, e no mínimo 12 horas quando no modo standby (gravação de rotina).

Modelo de câmera utilizado:

  • O modelo apresentado pela Motorola é o v700. Cinco conjuntos de equipamentos, contendo a câmera e outros itens necessários, serão analisados durante esse período de teste.

Após os testes:

  • A banca avaliadora elaborará um relatório com os resultados, e outras fases de recursos e análises serão realizadas antes da possível aprovação do equipamento.
  • Se aprovado, a proposta da Motorola será homologada, e a Brigada Militar e a Polícia Civil poderão contratar os serviços e implementar o monitoramento por imagens.
  • A empresa também será responsável pela manutenção das câmeras.

Cronograma pós-contrato:

  • Após a assinatura do contrato pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), a Motorola deve apresentar um cronograma de implantação em até cinco dias.
  • A entrega e instalação dos equipamentos estão previstas para ocorrer em até meio ano.

Destino das câmeras:

  • Dos 1,1 mil equipamentos contratados na primeira fase de implementação, mil serão destinados às fardas dos brigadianos atuando exclusivamente em Porto Alegre, enquanto os outros 100 serão direcionados à Polícia Civil, incluindo a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Antecedentes da licitação:

  • A primeira licitação para a aquisição de câmeras foi aberta em dezembro de 2022 pelo governo do Estado, mas foi cancelada em abril devido à necessidade de ajustes nas especificações do equipamento.
  • Outros testes foram realizados ao longo dos anos, incluindo experimentos com câmeras cedidas pela Motorola em 2021, antes de definir a contratação do serviço.

Estados que já utilizam câmeras corporais e outros em fase de implementação:

  • Segundo levantamento do portal G1, estados como São Paulo, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Santa Catarina já utilizam câmeras corporais.
  • Além do Rio Grande do Sul, os estados em fase de licitação ou testes incluem Acre, Amapá, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí e Paraná.

 

Informações GZH 

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