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Os monstros que mutilaram e assassinaram Rhuan e porque a grande mídia se calou

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Diego Camargo

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O caso que não chocou o Brasil pois foi abafado deliberadamente.

Muitos dos que abriram este artigo podem estar se perguntando quem é Rhuan. Alguns talvez conheçam o caso, mas já estavam deixando o menino no esquecimento.

Mais do que uma notícia sobre o brutal assassinato que demarcou o fim de um longo período de tortura a um menino apenas 9 anos, a presente leitura é uma crítica à desproporcionalidade da veiculação da notícia na grande mídia.

Todos nos lembramos do dia fatídico em que Alexandre Nardoni atirou sua filha Isabella da janela do sexto andar. Todos nos escandalizamos com a frieza de Suzane Richthofen ao encomendar o assassinato de seus pais. Todos tivemos nosso feed de notícias sequestrado pelo drama de Neymar e Najila na última semana. Mas o esquartejamento do menino Rhuan não chocou nosso país da forma que deveria.

Será que estamos doentes a ponto de não nos incomodar que um menino tenha sofrido por mais de um ano preso dentro de sua própria casa após ter sido mutilado pela própria mãe? Não acredito que a palavra “mãe” seja digna de caracterizar um monstro que foi capaz de submeter uma parte  de si a tamanho sofrimento. Rosana nada mais foi do que uma incubadora cruel e inescrupulosa.

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Conheça a história de Rhuan

Rhuan Maycon, de 9 anos, teria sido sequestrado no Acre há cerca de 5 anos pela mãe, Rosana Auri da Silva Cândido, de 27 anos, após a mesma perder a guarda do filho para o pai. Desde então, mãe e filho teriam passado por diversas cidades em Sergipe, Tocantins, Goiás e no Distrito Federal na companhia da companheira de Rosana, Kacyla Pryscila Santiago, de 28 anos, e da filha de Kacyla, uma menina de 8 anos.


Segundo relatos, o casal aplicava golpes e cometia furtos por onde passava e contava com uma pensão depositada pelo pai da menina todos os meses. Acredita-se que as duas crianças não frequentavam a escola há pelo menos 2 anos.

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Ainda não se sabe a real extensão dos danos causados durante todos esses anos às duas crianças, mas do que se tem conhecimento é assustador. Há cerca de um ano atrás, a mãe de Rhuan arrancou o pênis do próprio filho com a ajuda da companheira. O procedimento monstruoso seria uma tentativa caseira de mudança de sexo do menino. As mães teriam pesquisado na internet como realizar o procedimento e formas de evitar infecções. Após extirpar o órgão, as duas teriam costurado a região mutilada e improvisado uma “versão do órgão genital feminino, fazendo um corte na virilha”. A declaração é de Cláudia Regina Carvalho, a conselheira tutelar que agora faz o acompanhamento psicológico da filha de Kacyla, em entrevista ao UOL.

A conselheira afirmou que as mães teriam influenciado a menina, que desenvolveu uma aversão à figura masculina. “Ela (a filha de Kacyla) contou que não gostava do irmão de criação por ser homem”, afirmou Cláudia. A menina também recusou contato com o próprio pai, que foi até o Distrito Federal para buscar a filha.

A irmã de criação de Rhuan afirmou ainda à conselheira que as mães faziam alisamento todos os dias nos cabelos do menino, que era o único que tinha cabelos compridos na casa. Existem ainda suspeitas de que as crianças eram obrigadas a manter relações sexuais entre si. Vizinhos relataram que apenas viram os filhos quando os quatro se mudaram para a casa onde viviam no Distrito Federal e acreditavam se tratar de duas meninas. Os investigadores sustentam a teoria de que as crianças praticamente não saiam de casa pois as mulheres temiam que a mutilação do menino fosse descoberta.

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Após anos de maus-tratos infligidos sobre Rhuan, seu calvário teve fim na noite do dia 31 de maio, quando a mãe do menino o apunhalou brutalmente no coração enquanto dormia com a ajuda da companheira. Após o assassinato por meio das facadas, Rosana e Kacyla novamente demonstraram requintes de frieza quando esquartejaram e queimaram Rhuan na churrasqueira da casa.

Ao perceberem que não conseguiriam eliminar todos os rastros do menino queimando seu corpo, as criminosas resolveram colocar seu corpo em uma mala e jogá-la em um bueiro, próximo a uma quadra de futebol em Samambaia, região administrativa que fica a 24 km do centro de Brasília.

As mulheres acabaram sendo flagradas por jovens que jogavam futebol e suspeitaram da atitude, abrindo as malas e encontrando parte do corpo do menino. Testemunhas então conduziram os policiais à casa das assassinas, onde encontraram os membros de Rhuan em mochilas.

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Os investigadores acreditam que as duas também pretendiam assassinar a filha de Kacyla e fugir. Segundo depoimento de Rosana à polícia, Rhuan seria um empecilho no relacionamento das duas, pois era uma lembrança do vínculo com o pai da criança.

Muito tem-se especulado na internet sobre as motivações das mulheres, e não cabe aqui criar mais uma teoria, mas sim levantar uma questão gritante neste caso tão horripilante: por que o assassinato brutal não teve a exposição na mídia proporcional aos demais casos de crimes chocantes que ocorreram no Brasil?

Seria o escândalo protagonizado pelo menino Ney mais relevante que a história de sofrimento do menino de 9 anos?

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Infelizmente, até um cachorro que sofreu maus-tratos teve maior exposição midiática que o caso de Rhuan. Estaria a grande mídia tão absorta na cartilha progressista que prefere não enfatizar a monstruosidade protagonizada por Rosana e Kacyla simplesmente por se tratar de um casal homossexual?

Desde quando nosso país passou a conceder um pacto de silêncio implícito para crimes cometidos pelos que configuram nas bandeiras levantadas pela esquerda? Quantas hashtags de #RhuanVive nós teríamos visto nos trending topics se a assassina e a comparsa não fossem lésbicas?

E onde estão os defensores dos direitos humanos? Ou um menino de 9 anos torturado e assassinato não é digno de preocupação? Este é mais um exemplo da enfermidade que acomete parte dos brasileiros que se encontram no espectro esquerdista. Quantas crueldades esses “seres humanos” estão dispostos a ignorar em nome de uma ideologia?

Um exemplo claro do que eu estou falando: quantos tweets raivosos da Maria do Rosário você leu, denunciando o ocorrido a Rhuan? Por outro lado, tenho certeza de que não seria surpresa para ninguém se a deputada demonstrasse sua preocupação com a integridade física e emocional das criminosas.

É muito triste que a indignação seletiva esteja tão demarcada em pessoas que deveriam tanto informar quanto representar os interesses de toda a população. O silêncio demonstrado agora nada mais é do que o reflexo de um caráter podre e que não pode mais ser ignorado.

 

Por Maiara Piva – Biomédica, especialista em Genética e entusiasta política. Coordenadora do MBL Londrina.

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