O litro da gasolina foi encontrado pelo preço de R$ 9 em um posto da cidade de Curitiba, capital do Paraná. Possivelmente o maior valor do país no momento, a alta na comercialização do combustível já era prevista depois de a Petrobras anunciar mais um reajuste no dia 8 de outubro, que também inclui o gás de cozinha (GLP).
Um dos motivos para as altas está na paridade de preços adotada pela Petrobras, que emparelha os reajustes dos combustíveis às oscilações do dólar e à cotação internacional do petróleo. Isso fez com que o preço médio de venda da gasolina por litro para as distribuidoras subisse de R$ 2,78 para R$ 2,98.
A alta é de 7,19% no valor do combustível que, segundo a companhia, conseguiu manter estabilidade nos preços sem gerar desabastecimento durante 58 dias. Já no caso do gás de cozinha, a subida foi de 7,22%, com o preço saindo de R$ 3,60 para R$ 3,86 por kg.
De acordo com a Petrobras, os reajustes “refletem parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio, dado o fortalecimento do dólar em âmbito global”.
Bolsonaro justifica reajustes.
Sobre os aumentos na gasolina e em outros combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro (sem partida), durante cerimônia da 1 ª Feira Brasileira de Nióbio, realizada em Campinas (SP), no dia 8 de outubro, declarou que não pode congelar os aumentos à base de canetadas.
“Reclamam do Brasil, aumento do preço de mantimentos, de combustível. Ninguém faz isso porque quer. Não tenho poder sobre a Petrobras. Não vou na canetada congelar o preço dos combustíveis. Muitos querem, mas já tivemos experiência de congelamento no passado”, declarou o presidente.
O mandatário ainda afirmou que a apesar de o Brasil ser autossuficiente no setor do combustível, não é possível rasgar contratos. “Quando se fala em combustível, somos autossuficientes. Ah, mas por que o preço atrelado ao dólar? Eu posso agora rasgar contratos?”, declarou.
Para finalizar, Bolsonaro declarou que países europeus também estão sofrendo com as altas nos preços dos combustíveis, justificando que no Reino Unido, o preço do gás subiu 300%. “Mantimentos em vários países já começam a faltar. Desabastecimento, que é pior que a inflação. Lá ninguém tá gritando ‘fora Boris Johnson’ ou ‘Boris Johnson genocida’”, concluiu o presidente.
Créditos: Capitalist