Em entrevista coletiva o delegado de Planalto, Ercílio Carletti, confirmou que todos os investigados foram ouvidos diversas vezes por agentes diferentes. Nessas oitivas Alexandra demonstrava pequenas inconsistências que juntas apontaram para ela a autoria do crime.
Na tarde de ontem, após apresentar estas inconsistências à suspeita, o delegado afirmou que ela resolveu confessar a autoria do crime, indicando o local da ocultação do cadáver.
Na versão dela, a
morte ocorreu por superdosagem do medicamento Diazepam, que ela teria
administrado para ele dormir. Segunda a mãe, o menino passava
madrugadas no celular, então ela teria pego o medicamento na casa de
sua mãe, avó de Rafael, e administrado dois comprimidos de
Diazepam.
Para o delegado a justificativa do medicamento, contradita no laudo pericial que apontou asfixia mecânica (estrangulamento), seria para abrandar sua pena, já que o crime culposo, onde não há a intenção de realizar o ato criminoso, é inferior ao doloso, que ocorre quando há intenção de praticar.
Durante a investigação foram realizadas algumas quebras de sigilo da investigada e também encontrados traços de sangue em um automóvel periciado.
O delegado não descartou uma reconstituição do crime e citou algumas dificuldades encontradas nestes dias de trabalho da Polícia Civil que trabalhou com várias linhas de investigação, desde fuga, já que o menino tem idade para este tipo de ato, sequestro, até chegar a possibilidade de homicídio no decorrer dos dias. A principal dificuldade segundo ele foi a motivação.
Alexandra deverá responder por homicídio qualificado (crime hediondo), ocultação de cadáver e outros possíveis agravantes que podem surgir no decorrer do inquérito. Ela está em prisão temporária, por 30 dias, podendo ser prorrogada por igual período e depois convertida em preventiva.
Uma nova oitiva com a autora será ajustada com a Susepe. O local onde a mulher está presa não foi divulgado.
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