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RS: Com programa Cirurgia+, Estado oferecerá 72 mil cirurgias e 94 mil consultas à população

Diego Camargo

Diego Camargo

Estratégia do governo gaúcho para ampliação temporária de acesso à realização de consultas, exames e procedimentos cirúrgicos eletivos, o programa Cirurgia+ foi lançado oficialmente ontem, segunda-feira (23), na Secretaria da Saúde com a participação da secretária Arita Bergmann e diretores dos hospitais participantes, a maioria online.

A iniciativa busca ampliar o acesso e reduzir as filas de espera entre a população para procedimentos eletivos nas especialidades de cirurgia geral, vascular, traumato-ortopedia, otorrinolaringologia, ginecologia, oftalmologia e urologia.

Haverá um incremento na oferta à população de 72.090 mil cirurgias e 94.218 consultas especializadas, que serão realizadas em 71 hospitais que já integram a rede de atendimento aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde).

O investimento será de R$ 85 milhões pelo Governo do Estado, através da Secretaria da Saúde, em consultas e cirurgias. Outros R$ 28,1 milhões serão investidos pelos municípios O valor investido pelas prefeituras faz parte da negociação que pagou uma dívida histórica do Estado com os municípios no final de 2020

Como comparação, apenas o valor de R$ 85 milhões da parte do Estado é seis vezes maior do que o investimento anual do Ministério da Saúde na realização de cirurgias eletivas em todo o país, segundo a diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada (Dgae), Lisiane Fagundes.

“É importante destacar o compromisso dos gestores municipais”, disse a secretária da Saúde, Arita Bergmann. “Estamos vendo outras iniciativas que consideramos relevantes, como a parceria do Cisvale (Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo) em serviços de média complexidade, como traumato-ortopedia”.

Ela agradeceu o apoio dos hospitais participantes do Cirurgia+, destacando ainda o papel do Governo do Estado, “que tem nos dado condições para que possamos ter políticas públicas de apoio ao cidadão”.

Somente no Hospital de Portão ((Fundação Hospitalar Educacional e Social de Portão – Fuhesp), serão 3 mil cirurgias em urologia, mil em cirurgia-geral e 1,1 mil em cirurgias de oftalmologia, elevando temporariamente o acesso aos serviços para atender ao aumento da demanda durante a pandemia, quando foram reduzidos os atendimentos.

No local, 99% dos usuários são atendidos via Sistema Único de Saúde (SUS), Em novembro de 2021, o hospital foi responsável por 51% de cirurgias eletivas do Estado e, em dezembro, por 55% das eletivas no RS. É referência em oftalmologia para 28 municípios da região, sendo o único prestador habilitado em glaucoma na macrorregião metropolitana.

Presente ao lançamento, o diretor administrativo do Hospital, Renato Freitas Teixeira, elogiou a iniciativa. “A gente entende este esforço que o Estado está fazendo. O Hospital de Portão se sente muito grato. Estamos melhorando a estrutura e precisamos transformar a mudança em resolutividade para o cidadão”.

O presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Estado, Luciney Bohrer, lembrou que a espera por cirurgias é um problema histórico. “Se agravou com a pandemia, mas este também é um momento histórico no enfrentamento das filas”.

Já o presidente do Cosems (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul), Guilherme Ribas, ressaltou a importância do programa. “Estamos com mais de dois anos de pandemia e as pessoas batem na porta da gestão municipal no que mais incomoda, a falta de cirurgias. Isso vai melhorar cada vez mais”.

O CIRURGIA+ POR ESPECIALIDADES

Cirurgia geral: 15.918 cirurgias e 26.261 consultas

Cirurgia vascular: 2.808 cirurgias e 3.213 consultas

Ginecologia: 3.956 cirurgias e 9.587 consultas

Oftalmologia: 36.455 cirurgias e 31.141 consultas

Otorrinolaringologia: 959 cirurgias e 5.553 consultas

Traumatologia: 6.550 cirurgias e 12.666 consultas

Urologia: 5.444 cirurgias e 6.797 consultas